Berliner Dom: Mistérios da Catedral de Berlim
Catedral de Berlim (Berliner Dom): símbolo de história e cultura
Para quem quer conhecer a história e a cultura de Berlim, a visita à Catedral de Berlim (Berliner Dom) é um passeio obrigatório. Localizada no coração da cidade, a Catedral é um dos pontos turísticos mais emblemáticos da capital alemã. Além da cúpula com vista panorâmica, o lugar ainda abriga música clássica e alguns mistérios do país.
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Confira a seguir as principais informações sobre a Catedral de Berlim (Berliner Dom):
Conhecer a história rica por trás da Berliner Dom é fundamental para quem deseja ter uma experiência completa ao visitar a cidade. Como reflexo das mudanças políticas, religiosas e sociais, o local sofreu muitas transformações ao longo do tempo. Embora a construção atual tenha sido erguida entre 1894 e 1905, as origens da catedral remontam aos tempos do Renascimento e dos principados alemães.
O nome completo é na verdade “Oberpfarr- und Domkirche zu Berlin” (Igreja Paroquial e Catedral Suprema) – mas geralmente é chamada apenas de Berliner Dom. Na língua alemã, a palavra Dom refere-se a uma igreja colegiada, ou seja, uma igreja mantida por uma comunidade de clérigos (não monástica) organizada de forma autônoma. Como muitas catedrais também são igrejas colegiadas, o termo Dom passou a ser usado como sinônimo de “catedral” em alemão, embora esses termos não signifiquem exatamente a mesma coisa.
As origens da Catedral de Berlim (Berliner Dom) remontam ao século XV. Frederico II de Brandemburgo decidiu transferir sua residência de Brandemburgo em Havel para Cölln (a parte sul da atual Ilha dos Museus), estabelecendo-se no recém-construído Berliner Stadtschloß. Esse palácio também incluía uma capela católica, que em 1454 – após o retorno de Frederico II a Berlim de sua peregrinação a Jerusalém, via Roma – foi elevada à categoria de igreja paroquial.
A Reforma Protestante marcou a história da Catedral de Berlim. Os principais nomes envolvidos foram os eleitores-príncipes Joaquim II, em 1535, e Johann Sigismund em 1608. Com a conversão de líderes religiosos ao luteranismo e ao calvinismo, o local passou por diversas transformações, sendo ora católica, ora luterana, ora calvinista.
As constantes mudanças religiosas eram reflexos das disputas políticas e sociais da época. O principal acontecimento da época envolvendo a Berliner Dom foi o Tumulto de Berlim em 1615, no qual os residentes de Berlim e Cölln – cidade irmã da velha Berlim localizada na Ilha Spree – se enfrentaram contra os líderes religiosos calvinistas. Ao longo dos séculos, o edifício foi reconstruído, ampliado e adaptado às crenças dominantes, tornando-se um símbolo da complexa identidade religiosa da cidade.
A grande construção no estilo barroco com a cúpula foi idealizada em 1747 por Frederico II (o Grande), em frente ao Palácio Imperial. A proximidade fazia com que a catedral fosse a principal igreja da corte da dinastia Hohenzollern. Lá eram sepultados os membros da família, aumentando os mistérios.
Outra mudança aconteceu 70 anos depois, quando foi reformada para o estilo clássico. A principal alteração que levou ao edifício atual veio em 1894, quando a família real entendeu que os moldes da Catedral não representavam a grandiosidade da monarquia. Assim, sob ordens do Kaiser Guilherme II, o prédio foi inteiramente demolido e reconstruído até 1905. A imponência da nova arquitetura seria a resposta de Berlim à Basílica de São Pedro, no Vaticano, e à Catedral de São Paulo, em Londres.
A Catedral de Berlim, ou Berliner Dom, está localizada na Ilha dos Museus, um complexo de museus na parte norte da Ilha Spree, no coração histórico de Berlim. É um dos principais exemplos da arquitetura neobarroca na Alemanha e um dos maiores edifícios sacros de Berlim. Com sua imponente fachada, a construção destaca-se na paisagem urbana, além de ser considerada um importante símbolo da cidade.
Ela foi construída em frente à fundação localizada em frente ao Palácio Imperial. A arquitetura atendeu aos estilos que regiam os costumes durante os séculos XV até XVIII. Em 1894, depois de ordenada sua demolição, foi reconstruída no estilo barroco com influência do renascimento italiano.
A Catedral de Berlim (Berliner Dom) tem 116 metros de altura, 73 metros de largura e 114 metros de comprimento. Sem dúvidas, é reconhecida pela cúpula principal esverdeada, reconstruída depois da destruição da guerra, e das outras quatro ao seu redor. O interior e exterior da Catedral foram decorados com ilustrações sobre o novo testamento e contam a história da reforma da igreja.
Conta com uma escadaria de aproximadamente 270 degraus que leva à cúpula principal. De lá, os visitantes podem apreciar uma incrível vista panorâmica da cidade. A vista inclui as outras instalações da Ilha dos Museus, o Rio Spree, a torre de TV e o Palácio do Reichstag, o parlamento alemão.
Um dos mistérios mais intrigantes é que a Berliner Dom tenha sido construída sobre as ruínas de uma antiga igreja medieval demolida em 1894. O local do antigo edifício foi escolhido por conta de sua proximidade com o Palácio Imperial. Por isso, membros da família Hohenzollern estão enterrados nas suas fundações, o que dá um ar místico e enigmático ao local.
A Cripta Hohenzollern sob a Catedral de Berlim é o cemitério dinástico mais importante da Alemanha e pode ser visitado. São mais de 90 tumbas e sarcófagos, incluindo o túmulo do rei Friedrich I e da rainha Sophie Charlotte. As ornamentações e estátuas chamam atenção pelos detalhes da composição.
Contudo, desde março de 2020, a Cripta Hohenzollern está fechada para trabalhos de construção e renovação. As obras incluem novos recursos de acessibilidade e infraestrutura no local. A previsão de reabertura é março de 2025.
A Catedral de Berlim (Berliner Dom) sofreu com ataques durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1940, um ataque aéreo destruiu as janelas do altar. Depois, em 1944, a cúpula foi atingida por uma bomba de líquidos inflamáveis. O fogo não pôde ser controlado, a parte principal do edifício cedeu, queimando todo o interior da catedral.
Quando o conflito mundial acabou, Berlim foi dividida. A principal igreja protestante ficou na parte oriental da cidade e sua reconstrução começou apenas em 1975. A medida só foi possível a partir do financiamento da Igreja Protestante e da Alemanha Ocidental.
A nova Catedral foi feita com uma cúpula simplificada e o salão do memorial que ficava na asa norte foi demolido. A fachada foi concluída em 1983, dando início ao trabalho no interior do símbolo religioso. A Catedral de Berlim só foi reaberta solenemente em 06 de junho de 1993, anos depois da Queda do Muro de Berlim. A inauguração cerimonial do oitavo e último mosaico da cúpula, em 2002, marcou o final definitivo da reconstrução.
A Catedral de Berlim é sinônimo de música e do estilo clássico. O convite fica à cargo do maior órgão do país que possui 7200 tubos e faz parte da igreja. Apresentações de órgão acontecem regularmente, proporcionando uma experiência única para os amantes da música clássica.
Acontecem mais de 100 apresentações por ano. O Concerto e o Coro da Catedral de Berlim (Berliner Domkantorei, em alemão) são algumas das principais atrações. O local também recebe a Filarmônica da cidade. Os ingressos para cada evento também podem ser adquiridos antecipadamente.
E as novidades sobre a Catedral não param de chegar. De acordo com o jornal alemão Berliner Zeitung, depois de uma longa pausa, em novembro de 2024 será oferecida uma nova temporada repleta de eventos culturais que vão do clássico ao moderno, para jovens e idosos. O evento foi nomeado de “Berliner Dom Konzerte” com uma programação cultural diversificada.
A Catedral de Berlim pode ser visitada durante todo o ano, mas nos dias mais quentes, a fila pode ser maior. Além da possibilidade de assistir às missas nos horários determinados, conta com visitas guiadas ao interior e cúpula, além de promover eventos de música.
A visitação está disponível diariamente com o seguinte horário de funcionamento:
A entrada é paga e os ingressos podem ser adquiridos com antecedência. A German Routes pode incluir a Berliner DOM, além dos outros edifícios da Ilha dos Museus, no seu roteiro de viagem.
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